O movimento de companhias brasileiras rumo ao Paraguai ganha força e não dá sinais de parar. Gigantes como Lupo, Vale e Estrela já instalaram novas unidades por lá, atraídas pela energia elétrica a preços bem mais acessíveis, pela abundância de mão de obra qualificada, pela burocracia mínima e por um imposto unificado que não passa de 15% sobre as operações. É um alívio em tempos de custos altos no Brasil, onde a carga tributária e a instabilidade regulatória pesam no bolso dos empresários.

Novas apostas no horizonte

A mais recente a embarcar nessa onda é a têxtil Fiasul, que anuncia investimentos iniciais de US$ 3 milhões, com potencial para saltar para US$ 30 milhões ao longo do tempo. A empresa planeja expandir sua produção no país vizinho, aproveitando as facilidades locais para crescer sem o aperto fiscal de cá. Não para por aí: a Efisa, outra brasileira do ramo de embalagens, também está de malas prontas. Ela vai abrir uma fábrica dedicada a paletes e embalagens, com aporte inicial de US$ 9 milhões, e a inauguração marcada para o segundo semestre de 2026.

Esse fluxo reflete uma estratégia clara de sobrevivência. No Paraguai, as empresas encontram um ambiente que facilita a inovação e a competitividade, algo que falta em solo nacional. Analistas veem nisso não só uma migração pontual, mas um alerta para o governo brasileiro rever políticas que mantenham investimentos por aqui. Enquanto isso, o vizinho sul-americano colhe os frutos, fortalecendo sua economia com a chegada desses players.

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