A Black Friday já virou peça central no planejamento de fim de ano para boa parte dos brasileiros. O evento, marcado por descontos agressivos, atrai quem quer garantir os presentes de Natal sem apertar tanto o bolso. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, em parceria com a Offerwise, sete em cada dez consumidores usam a data para adiantar essas aquisições.

Estratégias de compra na palma da mão

Desses 70%, uma fatia de 24% costuma comprar todos ou boa parte dos itens nessa época, enquanto 45% pescam ofertas pontuais. Somente 13% deixam passar a oportunidade, preferindo esperar o dezembro tradicional. Essa migração de hábitos mostra como o calendário de compras se rearrumou, com a Black Friday abrindo caminho para o Natal.

José César da Costa, presidente da CNDL, reforça o ponto. Os dados confirmam que a Black Friday mudou o ritmo das compras natalinas no país. Ela se tornou base sólida para o comércio, gerando um fluxo forte de vendas que ajuda o cliente com preços menores e o lojista com mais movimento nas lojas físicas e online.

Orçamento sob controle, ou nem tanto

Os entrevistados revelam variações no impacto financeiro. Para 31%, o truque de comprar antes resulta em gasto total menor no Natal, já que os descontos compensam. Outros 23% mantêm o valor planejado, sem grandes oscilações. Já 21% veem o orçamento estourar, porque acabam levando mais produtos do que o esperado, seduzidos pela abundância de promoções.

Costa complementa que os resultados destacam o papel da Black Friday no varejo. Ela saiu do status de evento isolado de barganhas e agora marca o início da temporada de vendas de dezembro. Consumidores a usam para garimpar preços e comparar opções, enquanto as lojas mapeiam o que o público realmente busca nessa fase.

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