O Programa Energia Boa, do Governo de Santa Catarina, ganha impulso e conta com 21 usinas hidrelétricas em fase de construção. Criada em 2024 para estimular o setor elétrico catarinense, a iniciativa consegue viabilizar investimentos privados, gerando empregos e expandindo a matriz energética limpa no estado.

As novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) em obras estão localizadas em diversas regiões, incluindo Planalto Norte, Planalto Serrano, Meio-Oeste e Oeste. Juntas, essas 21 unidades somam uma potência instalada de 144 MegaWatts (MW), eletricidade suficiente para abastecer mais de 200 mil unidades consumidoras.

Aceleração de projetos

O governador Jorginho Mello afirma que o programa é pioneiro no Brasil e tem transformado o setor energético catarinense ao integrar órgãos estaduais e acelerar a tramitação de processos e licenças. O objetivo é dar mais velocidade a projetos que anteriormente enfrentavam longas filas de análise.

A iniciativa de desburocratização já apresenta resultados concretos. Quatro hidrelétricas registradas no Programa Energia Boa concluíram suas obras e iniciaram a geração de energia em 2025. São elas: a PCH Rodeio (Benedito Novo), a PCH Boa Vista (Lages), a CGH Hopen (Lages) e a CGH Treze Tílias (Treze Tílias). Essas usinas acrescentaram 18,2 MW ao sistema elétrico catarinense.

Visão estratégica e investimentos em infraestrutura

Lançado em 2024, o Programa Energia Boa registra um total de 178 projetos cadastrados, sendo a maioria de fonte hídrica, mas incluindo também propostas de geração solar, eólica e de biomassa. Desse total, 70 projetos, o que corresponde a cerca de 40%, já receberam auxílio direto do programa.

Com a agilidade no licenciamento e o grande número de propostas, a expectativa do Governo de Santa Catarina é aumentar ainda mais o número de hidrelétricas em obras a partir de 2026.

Além de viabilizar projetos, o programa prevê um investimento de R$ 572 milhões pelo Governo do Estado, por meio da Celesc, na construção de seis subestações e mais de 200 quilômetros de linhas de transmissão no Planalto Serrano. O propósito é assegurar que as PCHs e CGHs em construção sejam conectadas à rede elétrica nacional.

A estimativa é que este investimento em infraestrutura energética impulsione R$ 3 bilhões em investimentos privados, com a consequente criação de 19 mil postos de trabalho.

Liderança nacional na comercialização

A viabilidade proporcionada pelo Programa Energia Boa garantiu a Santa Catarina o primeiro lugar no último leilão de energia nova da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O estado representou 40% do total de empreendimentos habilitados na negociação, consolidando-se como um grande produtor de energia limpa e renovável.

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