Famílias brasileiras enfrentam o maior endividamento da história
Pressão crescente no bolso das famílias brasileiras
Reprodução O endividamento das famílias no Brasil segue em alta e acaba de marcar um patamar inédito. Segundo dados fresquinhos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 79,5% dos lares estão no vermelho em outubro de 2025, o maior índice desde que as pesquisas começaram, lá em 2010. Essa onda de compromissos financeiros expõe a vulnerabilidade de muita gente que mal fecha as contas no fim do mês.
O que está por trás dessa escalada?
As taxas de juros nas alturas são o grande vilão dessa história, encarecendo o crédito e complicando o pagamento de prestações. Cartão de crédito, cheque especial, carnês em lojas e financiamentos dominam a lista de dívidas, bagunçando o orçamento de quem já vive no limite. Quase 20% dos endividados, para ser exato 19,1%, dedicam mais da metade da renda só para quitar essas pendências, forçando cortes drásticos nos gastos e adiando sonhos como viagens ou reformas em casa.
Inadimplência pesa no comércio
Enquanto isso, o número de famílias que não conseguem honrar contas atrasadas chegou a 30,5% em setembro de 2025, um nível que não baixa e reflete o sufoco para cobrir o básico com juros tão pesados. Essa realidade bate de frente no varejo: gente endividada gasta menos, o que ameaça as vendas em épocas quentes como Black Friday e Natal, freando o giro da economia.
Perspectivas sombrias à frente
A Confederação Nacional do Comércio projeta que o endividamento pode saltar mais 3,3 pontos percentuais até o fim de 2025, em relação ao ano anterior, e a inadimplência subir 1,5 ponto, se o quadro econômico não mudar. Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, só com ajustes fiscais e medidas inteligentes a situação evita piorar em 2026, evitando um baque prolongado no comércio e na economia como um todo.
Caminhos para sair do buraco
Reverter esse ciclo exige ações em várias frentes, desde o governo até o dia a dia das famílias. Especialistas apostam em juros mais baixos para baratear o crédito, programas de educação financeira que ensinem a gerir o dinheiro com sabedoria, políticas fiscais que impulsionem o crescimento sem inflacionar tudo e uma revisão nas regras de empréstimos dos bancos, para equilibrar facilidade e responsabilidade.
Dúvidas comuns sobre o tema
O endividamento alto reduz as compras no comércio porque as famílias priorizam o essencial e cortam o supérfluo, especialmente em datas comerciais chave. As taxas de juros elevadas no país vêm de um mix de inflação persistente, problemas fiscais e riscos econômicos que encarecem o dinheiro emprestado. Para escapar do excesso de dívidas, o ideal é monitorar gastos, planejar o orçamento com rigor e negociar prazos melhores nas pendências. Quanto à inadimplência, a previsão é de leve alta no curto prazo, mas políticas certas podem virar o jogo e trazer mais estabilidade.
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