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Joinville,15/06/2025

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Itália desconhece paradeiro de Zambelli e nega cidadania de Bolsonaro

Debate no Parlamento italiano levanta questões sobre extradição da deputada e situação da família Bolsonaro


Itália desconhece paradeiro de Zambelli e nega cidadania de Bolsonaro Foto: Pedro Ladeira

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida da Justiça brasileira, segue com paradeiro desconhecido na Itália, segundo informações do governo italiano. A parlamentar, que possui dupla cidadania, chegou ao país em 5 de junho, desembarcando no aeroporto de Fiumicino, em Roma, após um voo vindo dos Estados Unidos. Desde então, as autoridades italianas afirmam não ter informações sobre sua localização, conforme debatido no Parlamento do país nesta sexta-feira (13). O governo italiano também esclareceu que o ex-presidente Jair Bolsonaro não possui cidadania italiana, ao contrário de seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos, que obtiveram o documento entre 2023 e 2024.

A discussão no Parlamento italiano foi impulsionada pelo deputado Angelo Bonelli, do partido Verde e de Esquerda, que questionou o governo sobre a entrada de Zambelli no país e a ausência de sua prisão, apesar do mandado de prisão preventiva emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bonelli criticou a suposta falta de monitoramento, acusando o governo de Giorgia Meloni, líder do partido de ultradireita Irmãos de Itália, de conivência com a deputada. “O governo sabia que Zambelli estava chegando e não ativou medidas de vigilância”, afirmou o parlamentar, apontando conexões políticas entre o partido de Meloni, a Liga de Matteo Salvini e aliados de Bolsonaro.

Zambelli, condenada em maio pelo STF a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, entrou na Itália com seu passaporte italiano, antes que o pedido de prisão fosse incluído na lista vermelha da Interpol. A subsecretária do Interior, Wanda Ferro, explicou que o alerta da Interpol chegou cerca de cinco horas após o desembarque da deputada, o que impossibilitou sua detenção imediata. Ferro destacou que as investigações seguem em curso, mas a localização de Zambelli ainda não foi confirmada.

O pedido de extradição da deputada foi formalizado pelo Brasil na quinta-feira (12), entregue pela Embaixada brasileira em Roma ao Ministério de Relações Exteriores italiano. O caso expõe tensões diplomáticas e jurídicas, já que a Constituição italiana permite a extradição de cidadãos em casos previstos por acordos internacionais, como o existente entre Brasil e Itália. Apesar da proximidade ideológica entre Meloni e o bolsonarismo, especialistas acreditam que o governo italiano não usará critérios políticos para decidir sobre o caso, priorizando a gravidade dos crimes cibernéticos atribuídos a Zambelli.

Enquanto isso, a situação da deputada alimenta debates no Brasil e na Itália. Bonelli propôs alterações na lei de cidadania italiana para cassar passaportes de condenados por crimes como tentativa de golpe de Estado, reforçando que “a Itália não pode ser um paraíso para foragidos”. No Brasil, a fuga de Zambelli intensifica as críticas de aliados do ex-presidente Bolsonaro ao STF, que veem no caso uma tentativa de atingir o ex-mandatário e seus apoiadores.




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