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Joinville,15/06/2025

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STF determina prisão preventiva de Carla Zambelli e inclusão na lista da Interpol

Deputada federal é alvo de medidas judiciais após condenações e fuga do país

Fonte: Redação 360
STF determina prisão preventiva de Carla Zambelli e inclusão na lista da Interpol Foto: Gabriela Biló em 02/08/23

Nesta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão inclui o bloqueio de bens da parlamentar e sua inserção na lista de difusão vermelha da Interpol, que reúne foragidos internacionais. Zambelli, que deixou o Brasil na terça-feira (3), enfrenta acusações graves que culminaram em condenações recentes, intensificando a crise em torno de seu mandato.


Condenações e Acusações

Em maio, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli, por unanimidade, a dez anos de prisão por liderar uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a colaboração do hacker Walter Delgatti. O objetivo era emitir alvarás de soltura falsos, gerando instabilidade no Judiciário. A pena inclui a perda do mandato parlamentar, que só será efetivada após o trânsito em julgado do processo, quando não houver mais possibilidade de recursos. Contudo, a Lei da Ficha Limpa já torna a deputada inelegível com base na decisão colegiada.

Além disso, em março, o STF formou maioria para condenar Zambelli a cinco anos de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O caso remete a um episódio na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a deputada, em São Paulo, ameaçou um homem com uma arma após, segundo ela, ser hostilizada por um militante político. Zambelli nega as acusações e alega ser vítima de perseguição política.

Cassação do Mandato

Em janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato de Zambelli por desinformação eleitoral, aplicando também inelegibilidade por oito anos a partir de 2022. A decisão, que ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi motivada por uma ação movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A punição só será aplicada após o esgotamento dos recursos, mas reforça o cerco judicial à parlamentar.

Fuga e Medidas Judiciais

A PGR solicitou o "sequestro e indisponibilidade de bens, direitos e valores" de Zambelli para garantir a reparação de danos. A saída da deputada do Brasil, menos de um mês após a condenação por invasão ao CNJ, levantou suspeitas de tentativa de fuga. A inclusão na lista da Interpol intensifica os esforços para localizá-la, caso esteja em território estrangeiro.

Zambelli, que tem negado consistentemente todas as acusações, enfrenta um cenário jurídico cada vez mais delicado. Suas condenações e a cassação do mandato colocam em xeque sua trajetória política, enquanto os desdobramentos do caso seguem sob intensa atenção pública.




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