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Joinville,25/07/2025

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MST ocupa Incra e pressiona Lula por reforma agrária

Movimento organiza protestos em 21 estados e no DF, reforçando a luta por justiça social e soberania nacional

Fonte: redação360
MST ocupa Incra e pressiona Lula por reforma agrária Divulgação

Em uma série de ações coordenadas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou, na quarta-feira (23), sedes regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. O objetivo foi pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a acelerar as políticas de reforma agrária, uma das bandeiras históricas do movimento.

De acordo com o MST, as mobilizações, que começaram na segunda-feira (21), envolveram cerca de 17 mil pessoas em 26 atos pelo país. Além das ocupações em prédios do Incra, houve protestos em secretarias estaduais e agências do Banco do Brasil. Em São Paulo, manifestantes chegaram à sede do Incra na manhã de quarta-feira, exibindo faixas com a mensagem “Reforma Agrária: por justiça social e soberania popular!”. A fachada do prédio, cercada por grades de ferro e árvores, foi tomada por banners que reforçavam a pauta do movimento.

No mesmo dia, lideranças do MST se reuniram com o presidente Lula e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), no Palácio do Planalto. Durante o encontro, discutiram temas como soberania nacional, os Brics e as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil, conectando essas questões à luta pela reforma agrária. “A reforma agrária não está desconectada do contexto geral de luta por soberania”, afirmou Ceres Hadich, da direção nacional do MST, em nota. À tarde, outro encontro foi marcado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para tratar das demandas.

As ações integram a Semana Camponesa, que neste ano foca em quatro eixos principais: a criação e consolidação de assentamentos, o aumento do crédito rural, a ampliação de políticas de educação no campo e a defesa da reforma agrária como parte da soberania nacional. A mobilização coincide com o Dia Internacional da Agricultura Familiar, celebrado na sexta-feira (25).

Em São Paulo, Delwek Matheus, da direção estadual do MST, destacou que, apesar da boa relação com o governo Lula, a reforma agrária não tem avançado de forma efetiva. “Não há reforma agrária acontecendo de fato no país”, afirmou. Marcio José, também da direção estadual, reforçou a cobrança por medidas como maior acesso a financiamento rural e melhorias em infraestrutura para os assentamentos.

Em Belém, cerca de 400 manifestantes protestaram em frente a uma agência do Banco do Brasil, exigindo mais crédito e a liberação de terras para famílias acampadas. Ações semelhantes ocorreram em sedes do Incra em cidades como Vila Velha (ES), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Recife (PE) e Goiânia (GO).

A Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) também se manifestou, cobrando maior agilidade do governo. Em nota, a entidade destacou que, a um ano e meio do fim do mandato de Lula, o tempo é curto para avançar nas políticas de distribuição de terras.

Elvio Aparecido Motta, superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário em São Paulo, afirmou que a ocupação na sede paulista do Incra era esperada e que o diálogo com os movimentos sociais segue aberto. O Incra, em nota, classificou as mobilizações como pacíficas e informou que as demandas estão sendo analisadas. “O MST sempre foi atendido quando solicitou reuniões, e permanecemos abertos a todos os movimentos sociais”, declarou o instituto.

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