Aporte aos Correios ficará abaixo do valor inicial previsto
Ministro da Fazenda indica empréstimo possível ainda em 2025
Foto: Joédson Alves O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o reforço financeiro do Tesouro Nacional aos Correios deve resultar em um montante inferior aos R$ 6 bilhões inicialmente estimados pela estatal. A afirmação ocorreu em Brasília, durante conversa com jornalistas na saída do Ministério da Fazenda.
Haddad explicou que o governo analisa opções para fortalecer as finanças da empresa, como a combinação de um aporte direto com a liberação de um empréstimo. Esse crédito poderia ser aprovado ainda neste ano, embora o processo dependa de negociações em curso.
“Esse valor, não. É valor inferior a esse pelo que eu sei”, disse o ministro sobre a quantia pretendida.
Ele acrescentou que existe margem no orçamento de 2025 para a operação, mas a decisão final permanece em aberto.
“Até teria [espaço], mas não é uma coisa que está decidida”, completou.
Ajuda condicionada à reestruturação
Qualquer assistência financeira ao Correios virá acompanhada de exigências para modernização da estatal. Haddad enfatizou a necessidade de mudanças estruturais para garantir a sustentabilidade da empresa.
“Nós sempre estamos condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados”, afirmou.
Os R$ 6 bilhões em questão visam cobrir o prejuízo registrado pela estatal entre janeiro e setembro deste ano. A injeção de recursos pode ocorrer por meio de crédito extraordinário ou de um projeto de lei no Congresso Nacional, dependendo da avaliação da equipe econômica.
Negociações para empréstimo prosseguem
Além do aporte, o governo discute a garantia de um empréstimo para os Correios. A estatal havia solicitado R$ 20 bilhões, mas o pedido foi rejeitado pelo Tesouro devido aos juros elevados envolvidos.
Agora, as conversas avançam com uma proposta reduzida, entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, o que facilitaria condições mais favoráveis no mercado. O ministro indicou otimismo quanto à aprovação ainda em 2025, mas alertou para obstáculos nas tratativas com instituições financeiras.
“É uma possibilidade, mas não estamos jogando com uma possibilidade só por causa da negociação com os bancos”, declarou Haddad.
As declarações foram dadas após uma reunião de cerca de quatro horas com o presidente da Câmara, Hugo Motta, na residência oficial da Presidência da Câmara. O encontro tratou de projetos prioritários para o governo, que precisam de aprovação antes da votação do Orçamento de 2026, marcada para a próxima semana.
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