A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe aprovação de 48,6% dos brasileiros, enquanto a desaprovação atinge 50,7%, conforme o levantamento Latam Pulse, produzido pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. Cerca de 0,7% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pergunta.

Esse resultado indica um equilíbrio negativo, com a avaliação ruim superando a positiva pela primeira vez desde outubro, quando a aprovação havia alcançado o maior nível do ano, em 51,2%. Na ocasião, o governo registrou saldo positivo pela terceira vez em 2025. Agora, o cenário muda, com a margem de erro de um ponto percentual confirmando a inversão.

O instituto destaca que esse movimento interrompe a tendência de recuperação observada nos meses anteriores e sinaliza estagnação, além de uma leve piora na percepção da população sobre a administração petista.

Aumento da violência impulsiona rejeição

A alta da desaprovação para 50,7% ocorre em um contexto de debates intensos sobre segurança pública. O governo enfrenta críticas pela demora em responder à onda de violência urbana, especialmente após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes e ocupou as manchetes no fim de novembro.

No Congresso, o embate entre o Executivo e a oposição envolve projetos como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, que buscam medidas mais duras contra o crime organizado. Esses temas ganharam força após episódios recentes que expuseram fragilidades no controle da criminalidade.

Criminalidade lidera preocupações dos brasileiros

A pesquisa aponta que a criminalidade é vista como o principal problema do país por 62,7% dos entrevistados, o índice mais alto registrado em 2025. Logo atrás, a corrupção aparece com 59,8%, impulsionada por investigações como a CPMI do INSS, que apura fraudes em descontos de aposentados.

Inflação e polarização política também preocupam, mas em menor escala, com 21,9% e 21,5% das menções, respectivamente. Esses dados refletem o clima de insatisfação que influencia a avaliação geral do governo.

O levantamento ouviu 5.510 brasileiros adultos, por meio de recrutamento digital aleatório, entre 22 e 27 de novembro de 2025. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos.

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