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Joinville,16/06/2025

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Ataque de Israel ao Irã: Quem eram os líderes do regime que foram mortos

Ofensiva em Teerã elimina líderes militares e cientistas nucleares, intensificando conflito no Oriente Médio

Fonte: redação360/BP
Ataque de Israel ao Irã: Quem eram os líderes do regime que foram mortos Fotos: Livemint/montagem

Na madrugada de sexta-feira, 13 de junho de 2025, o céu de Teerã foi iluminado por explosões. Israel lançou uma série de ataques aéreos que atingiram alvos estratégicos no Irã, incluindo bases militares, instalações nucleares e residências de altos comandantes. A ofensiva, descrita como um dos maiores golpes contra o regime iraniano, resultou na morte de figuras-chave do comando militar e científico do país. A ação aprofundou as tensões na região, com o Irã prometendo uma retaliação "amarga e dolorosa".


Líderes Militares Eliminados

Entre as vítimas está o major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas e o segundo homem mais poderoso do país, atrás apenas do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. Veterano da guerra Irã-Iraque (1980-1988), Bagheri assumiu o cargo em 2016 e era uma figura central na coordenação das operações militares iranianas, incluindo o apoio a aliados como a Síria e a Rússia. Sua morte foi confirmada por fontes iranianas e representou um duro golpe à estrutura de comando do país.

Outro nome de peso foi o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), a principal força militar do Irã. Salami, conhecido por suas declarações beligerantes contra Israel e os Estados Unidos, liderava a IRGC desde 2019. Ele também teve um papel crucial no desenvolvimento do arsenal de mísseis balísticos do Irã, que ganhou alcance e precisão nas últimas décadas. Sua substituição pelo general Mohammad Pakpour foi anunciada rapidamente pelo regime, numa tentativa de evitar um vácuo de poder.

O general Gholamali Rashid, comandante do quartel-general Khatam al-Anbiya, também foi morto. Rashid era um estrategista respeitado, responsável por coordenar operações entre diferentes ramos das forças armadas iranianas. Sua experiência incluía cargos de alto escalão durante a guerra Irã-Iraque e a supervisão de defesas aéreas estratégicas. O tenente-general Ali Shadmani foi nomeado como seu sucessor.

Por fim, o general Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, foi outra vítima confirmada. Hajizadeh liderava o programa de mísseis e drones do Irã, armamentos que têm sido usados por grupos aliados, como o Hezbollah e os Houthis. Em 2020, ele assumiu a responsabilidade pela queda acidental de um avião ucraniano em Teerã, um episódio que gerou críticas internacionais.

Cientistas Nucleares Alvos do Ataque

Além dos militares, o ataque israelense atingiu cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, um dos principais alvos da ofensiva. Fereydoun Abbasi, ex-presidente da Organização de Energia Atômica do Irã (2011-2013), foi uma das vítimas. Abbasi, que também atuou como parlamentar até 2024, era considerado um dos maiores especialistas no desenvolvimento nuclear do país. Sua morte é vista como uma tentativa de Israel de frear o avanço do programa atômico iraniano.

Outro cientista morto foi Mohammad Mehdi Tehranchi, físico teórico e presidente da Universidade Islâmica Azad, uma instituição envolvida na formação de quadros científicos estratégicos. Tehranchi, nascido em 1965, era respeitado no meio acadêmico e tinha conexões diretas com o programa nuclear. A agência iraniana Tasnim reportou que outros quatro cientistas — Seyyed Amirhossein Faqhi, Abdulhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari e Motlabizadeh — também perderam a vida, todos com papéis ativos no enriquecimento de urânio.

Contexto e Repercussões

Os ataques tiveram como alvo principal a usina de enriquecimento de urânio em Natanz, considerada o coração do programa nuclear iraniano. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), não houve liberação significativa de radiação, mas os danos à infraestrutura podem atrasar o programa nuclear por meses. Israel justificou a ofensiva como uma medida para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, enquanto o governo iraniano acusou Tel Aviv de violar sua soberania e classificou os bombardeios como um "ato de guerra".

Horas após os ataques, o Irã respondeu com o lançamento de mais de 100 drones contra Israel, alguns interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense. A escalada militar elevou a tensão no Oriente Médio, com países vizinhos como Iraque e Jordânia relatando drones iranianos cruzando seus espaços aéreos. O líder supremo Ali Khamenei, que permanece vivo apesar de rumores iniciais, prometeu uma resposta severa, enquanto Israel fechou suas embaixadas ao redor do mundo por motivos de segurança.

Impacto Político e Regional

A ofensiva israelense ocorre em um momento delicado, com negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o acordo nuclear paralisadas. A morte de Ali Shamkhani, ex-ministro da Defesa e conselheiro próximo de Khamenei, também foi reportada, embora algumas fontes indiquem que ele pode estar gravemente ferido. Shamkhani era uma figura central nas tratativas nucleares, e sua possível perda representa um revés político para o regime.

O conflito também reacende debates sobre o equilíbrio de forças no Oriente Médio. A Brasil Paralelo, em seu documentário From the River to the Sea, destaca a complexidade do conflito na região, ouvindo vozes de israelenses e palestinos para oferecer uma perspectiva mais ampla. A guerra, como apontado pela produção, não se limita aos campos de batalha, mas também se desenrola no terreno das narrativas, com cada lado buscando legitimar suas ações.




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