O volume de empresas ativas no setor de construção civil em Santa Catarina registrou uma expansão de 83,8% no período de cinco anos, de 2020 a 2025. Este aumento é marcado pela predominância de micro e pequenos negócios recém-abertos. O resultado reflete o aquecimento do mercado imobiliário, especialmente nas regiões da Grande Florianópolis, Norte e Foz do Rio Itajaí. O significativo surgimento de novos cadastros nacionais de pessoa jurídica (CNPJs) também impulsionou a geração de postos de trabalho.

Expansão acelerada de novos negócios

O crescimento de 83,8% representa um salto de 69 mil empresas ativas na construção civil catarinense em 2020 para 126,1 mil em 2025, o que configura um saldo de 57 mil novos CNPJs. Esta elevação supera o desempenho de setores tradicionais na economia estadual. No mesmo período, a indústria cresceu 54,6% e o comércio 37,4%. Com a expansão, a construção civil passou a ser responsável por 9,9% do total de empresas existentes no estado.

O estado de Santa Catarina se destaca no cenário brasileiro devido ao volume de novos empreendimentos ligados à construção civil. O estado ocupa a sexta posição nacional em número de empresas no segmento, com uma participação de cerca de 7,2% do total nacional de 1,75 milhão de CNPJs.

Foco da atuação regional

As atividades das empresas estão concentradas, principalmente, em obras de alvenaria (35%), instalação e manutenção elétrica (16%) e pintura (13%). Outras áreas de atuação relevantes incluem a construção de edifícios (8%), incorporação imobiliária (6%), e serviços de ar-condicionado e refrigeração (4%).

Regionalmente, a maior participação no setor é observada na Foz do Rio Itajaí (25,2%), seguida pela Grande Florianópolis (20,8%), Norte (14,5%), Oeste (12,5%) e Sul (11,5%).

Crescimento do emprego formal

O aumento do empreendedorismo neste setor tem impacto direto na abertura de vagas de emprego. Nos últimos cinco anos, o volume de trabalhadores formais contratados no setor subiu 47% em Santa Catarina. Este percentual representa a transição de 101,6 mil empregados formais em 2020 para 149,4 mil em 2025.

Considerando apenas os dez primeiros meses de 2025, foram criadas 12,5 mil novas vagas. A maior parte dos trabalhadores tem ensino médio completo. As funções mais exercidas são servente de obras (15,9 mil), pedreiro (15,4 mil), carpinteiro (5,1 mil), mestre de obras (4,6 mil), e pintor (4,1 mil).

O governador Jorginho Mello considera que os números demonstram a força do empreendedorismo local e o crescimento econômico atrelado ao trabalho. O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, ressalta que o estado apoia o empreendedor e incentiva a atividade laboral como meio de inclusão social, além de garantir maior liberdade econômica.

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