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Joinville,15/06/2025

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Toque de recolher sacode Los Angeles em meio a protestos

Medida de emergência é resposta a manifestações contra ações do ICE


Toque de recolher sacode Los Angeles em meio a protestos Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Los Angeles, a vibrante metrópole da Costa Oeste, amanheceu sob tensão nesta quarta-feira, 11 de junho de 2025, após a prefeita Karen Bass decretar um toque de recolher no centro da cidade. A medida, anunciada na noite de terça-feira, é uma resposta direta aos cinco dias de protestos intensos contra as operações de deportação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), que ganharam força com as políticas do presidente Donald Trump. Junto ao toque de recolher, Bass declarou estado de emergência local, em um esforço para conter a violência que marcou as manifestações noturnas.

Uma Cidade em Ebulição

Desde 6 de junho, as ruas de Los Angeles têm sido palco de grandes protestos, desencadeados por batidas do ICE que miram trabalhadores imigrantes, muitos em busca de empregos informais em lojas de construção e estacionamentos. As manifestações, que também se espalharam por cidades como Nova York, Chicago e Seattle, começaram pacíficas, mas episódios de vandalismo, saques e confrontos com a polícia mudaram o cenário. Na noite de terça, 197 pessoas foram presas por "comportamento ilegal", segundo autoridades, e prisões em massa ocorreram após o início do toque de recolher.

O toque de recolher, em vigor das 20h às 6h, abrange uma área de 2,5 km² no coração da cidade, impactando menos de 100 mil dos 4 milhões de moradores. "Nosso objetivo é proteger vidas e propriedades", afirmou o chefe de polícia Jim McDonnell, enquanto Bass destacou que a violência é obra de uma minoria, não dos manifestantes pacíficos. Quem desrespeitar a ordem, exceto trabalhadores essenciais ou em emergências, pode ser preso.

Tensão com o Governo Federal

A crise ganhou contornos políticos com a intervenção de Trump, que enviou 700 fuzileiros navais e 4 mil soldados da Guarda Nacional à cidade, a um custo estimado de US$ 134 milhões. A decisão gerou críticas da prefeita e do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que acusaram o presidente de exagerar a resposta. Newsom chegou a alertar que o país está "à beira do autoritarismo". O estado tentou barrar a atuação das tropas na Justiça, mas um juiz federal negou o pedido inicial, com nova audiência marcada para amanhã, 12 de junho.

Trump, por sua vez, classificou os manifestantes como "vândalos" e ameaçou usar a Lei de Insurreição, caso os protestos sejam considerados uma rebelião. Ele também fez acusações sem provas contra Bass e Newsom, sugerindo que financiam "agitadores", mas depois negou as declarações.

Reações e Impactos

Nas ruas, a população está dividida. Enquanto alguns apoiam o toque de recolher como medida de segurança, outros veem a restrição como um ataque à liberdade de expressão. "A maioria quer apenas justiça para os imigrantes", disse Maria Gonzalez, ativista local. A imprensa, incluindo uma equipe da CNN brevemente detida, relatou protestos pacíficos durante o dia, mas com caos à noite, incluindo saques em 23 lojas, como uma da Apple.

Bass pediu a Trump que suspenda as operações do ICE, apontadas como o estopim da crise, e prometeu revisar a necessidade do toque de recolher diariamente. Enquanto isso, a cidade permanece em alerta, com protestos se espalhando pelo país e o debate sobre imigração e segurança pública mais acirrado do que nunca.




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