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Joinville,27/09/2025

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Comitiva enxuta de Lula na ONU após gastos milionários em 2024

Governo Lula corta número de representantes em Nova York em meio a tensões com Trump

Fonte: redação360/Folhapress
Comitiva enxuta de Lula na ONU após gastos milionários em 2024 Foto: ONU/Eskinder Debebe

A comitiva brasileira que participa da Assembleia-Geral da ONU em Nova York está mais enxuta este ano, após o governo Lula gastar cerca de R$ 8 milhões na edição passada. Com menos nomes confirmados, a delegação reflete um esforço para reduzir custos e lidar com o cenário de crise diplomática com os Estados Unidos.

Redução significativa

Até o momento, 58 pessoas tiveram suas viagens autorizadas para acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 80ª Assembleia-Geral da ONU. O número é bem menor que os mais de 160 representantes enviados no ano anterior, quando a comitiva incluiu oito ministros e custou milhões aos cofres públicos. Além de Lula, embarcaram nomes como os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Márcia Lopes (Mulheres) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), além do assessor especial Celso Amorim e do governador do Ceará, Elmano de Freitas. Outros ministros, como Jader Barbalho (Cidades), Mauro Vieira (Itamaraty) e Marina Silva (Meio Ambiente), também devem integrar o grupo.

Crise diplomática com os EUA

A participação do Brasil acontece em um momento delicado nas relações com os Estados Unidos. O governo de Donald Trump impôs sanções ao Brasil, incluindo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a suspensão de vistos para ministros do Supremo Tribunal Federal e autoridades do Executivo. A tensão tem origem na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que Trump classificou como uma "caça às bruxas". Por conta dessas restrições, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, optou por não viajar, enquanto Fernando Haddad (Fazenda) também decidiu ficar no Brasil, apesar de ter recebido visto. Já Lewandowski conseguiu autorização para entrar nos EUA dias antes do evento.

Lula na tribuna

Como tradição, o Brasil será o primeiro país a discursar no debate anual de alto nível da ONU, que reúne 193 nações. O presidente Lula sobe à tribuna na terça-feira, em um momento estratégico para reafirmar a posição brasileira no cenário global. A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também está em Nova York, participando de reuniões relacionadas à COP30, segundo sua assessoria.

Gastos sob escrutínio

No ano passado, a comitiva brasileira mobilizou ao menos 161 pessoas, com despesas que incluíram R$ 6,14 milhões em hospedagem e R$ 1,34 milhão em aluguel de veículos. Apesar do alto custo, o Tribunal de Contas da União avaliou que não houve irregularidades, considerando que as despesas seguiram normas de viagens internacionais. Este ano, o governo ainda não divulgou o valor total dos gastos, e a lista final da comitiva segue em definição, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Democracia em destaque

À margem da Assembleia, o Brasil organiza a reunião "Democracia Sempre", em parceria com a Espanha. Desta vez, representantes dos Estados Unidos não foram convidados, uma decisão que reflete o atrito com o governo Trump. No ano passado, Washington participou do encontro, que foi idealizado por Brasília.

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