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Joinville,20/05/2025

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Gripe aviária não deve impactar preço da carne de frango, diz ministro

Até o momento, exportações estão suspensas para 17 mercados

Fonte: Agência Brasil
Gripe aviária não deve impactar preço da carne de frango, diz ministro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta segunda-feira (19) que os casos de gripe aviária confirmados no Rio Grande do Sul não devem causar impactos significativos nos preços da carne de frango, apesar da suspensão temporária das exportações para diversos países.

“É provável que haja pequenas variações de preço devido a um excesso de oferta por 10 a 15 dias. Depois, o mercado se ajustará, com a retomada gradual das exportações para países que flexibilizarem seus protocolos. Acredito na estabilidade”, afirmou Fávaro em entrevista coletiva.

Exportações e Impacto

O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto em 2024, gerando US$ 9,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Cerca de 35,3% da produção nacional é destinada ao mercado externo, com Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondendo por 78% das exportações. Os principais destinos incluem China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Filipinas, União Europeia, México, Iraque e Coreia do Sul.

Sete países suspenderam as importações de frango brasileiro de todo o território nacional: México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Outros 10 interromperam automaticamente os embarques devido a acordos sanitários bilaterais: China, União Europeia, África do Sul, Rússia, República Dominicana, Bolívia, Peru, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka. Para mercados como Arábia Saudita, Japão e outros, as restrições se limitam ao Rio Grande do Sul ou ao município de Montenegro, onde um dos focos foi detectado.

Nos Estados Unidos, maior importador de ovos do Brasil, o comércio de ovos permanece inalterado, mas a exportação de material genético foi temporariamente suspensa.

Casos Confirmados e Investigações

Dois focos de gripe aviária foram confirmados no Rio Grande do Sul: uma granja comercial em Montenegro e um zoológico em Sapucaia do Sul, ambos na região metropolitana de Porto Alegre. Sete casos suspeitos estão em investigação, com três já descartados (Mato Grosso, Sergipe e Ceará) e outros em análise (Tocantins, Santa Catarina e mais um no Rio Grande do Sul), conforme o painel de monitoramento do Ministério da Agricultura, atualizado às 19h de segunda-feira.

Fávaro destacou que o Brasil precisa completar 28 dias sem novos casos para autodeclarar à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) que está livre do vírus, o que pode levar à retomada gradual das exportações. “A experiência com a doença de Newcastle no ano passado mostrou que os preços não caíram tanto. Além disso, 70% da produção é consumida internamente, o que estabiliza o mercado”, explicou.

Sistema de Defesa Agropecuária

O ministro elogiou a robustez do sistema brasileiro de defesa agropecuária, que levou 19 anos para registrar o vírus em planteis comerciais, apesar de sua circulação global desde 2006. “Mais de 2 mil investigações foram realizadas desde maio de 2023. O sistema é eficiente e transparente, o que reforça nossa credibilidade”, afirmou.

Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária, destacou a transparência do Brasil, que disponibiliza um painel atualizado em tempo real. “Somos o único país com esse nível de transparência. Isso responde à desconfiança de algumas autoridades sanitárias sobre nossa liderança na produção de aves e ovos sem influenza”, disse.

Medidas de Controle

Das 538 propriedades rurais na região de Montenegro, 310 foram inspecionadas, incluindo todas em um raio de 3 km do foco. Cerca de 17 mil aves foram mortas ou sacrificadas, e 70 mil ovos destruídos. Um aviário já foi desinfetado, e outro está em processo. O ministério também rastreia 30 milhões de ovos férteis distribuídos nos últimos 28 dias, que estão sendo destruídos.

Marcel Moreira, secretário de Comércio e Relações Internacionais, afirmou que o impacto é mínimo, pois não há unidades de produção comercial com certificação (SIF) em um raio de 10 km do foco em Montenegro.




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