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Joinville,15/05/2025

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Salários dos Governadores do Norte e Nordeste mostra disparidade regional

Levantamento revela variações significativas nos vencimentos dos chefes do Executivo, com Sergipe e Acre no topo

Fonte: IstoÉ
Salários dos Governadores do Norte e Nordeste mostra disparidade regional Agência Brasil

Os salários dos governadores das regiões Norte e Nordeste do Brasil, conforme levantamento da revista IstoÉ, revelam uma significativa variação nos valores brutos mensais, refletindo as políticas salariais de cada estado. Abaixo, apresentamos uma análise detalhada dos vencimentos nessas regiões, com base nos dados fornecidos.


Região Nordeste

O Nordeste apresenta uma ampla faixa salarial, com destaque para os maiores salários entre todos os governadores brasileiros. O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), lidera o ranking nacional com R$ 46.366,19, valor elevado para o menor estado da federação, resultado de reajustes consecutivos em 2023 e 2024. Em seguida, Pernambuco, sob o comando de Raquel Lyra (PSD), paga R$ 42.145,88, ocupando a terceira posição no ranking nacional. A Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT), aparece com R$ 36.849,89, na quinta colocação geral.

Outros estados nordestinos têm salários mais moderados. O Piauí, com Rafael Fonteles (PT), remunera seu governador com R$ 35.574,64, enquanto a Paraíba, de João Azevêdo (PSB), paga R$ 32.434,82. O Maranhão, liderado por Carlos Brandão (PSB), tem salário de R$ 33.006,39, e Alagoas, governada por Paulo Dantas (MDB), oferece R$ 30.833,91. Na parte inferior do ranking regional, o Ceará, com Elmano de Freitas (PT), paga R$ 23.893,79, e o Rio Grande do Norte, sob Fátima Bezerra (PT), remunera com R$ 21.914,76, um dos menores salários do país.

Região Norte

Na região Norte, os salários são, em geral, mais baixos que os do topo do Nordeste, mas ainda variam consideravelmente. O Acre, governado por Gladson Cameli (Progressistas), destaca-se com R$ 42.265,49, o segundo maior salário do país, apesar das investigações da Operação Ptolomeu sobre corrupção no estado. Rondônia, com Marcos Rocha (União), e o Pará, sob Helder Barbalho (MDB), pagam, respectivamente, R$ 35.462,22 e R$ 35.363,55, valores próximos à média nacional.

Outros estados da região têm salários um pouco menores. Roraima, com Antonio Denarium (PP), remunera seu governador com R$ 34.299,00, enquanto o Amazonas, de Wilson Lima (União), paga R$ 34.070. O Amapá, governado por Clécio Luis (Solidariedade), tem salário de R$ 33.000, e Tocantins, com Wanderlei Barbosa (Republicanos), fecha a lista regional com R$ 30.100, um dos mais baixos da região.


Análise Comparativa

  • Disparidade no Nordeste: A diferença entre o maior salário (Sergipe, R$ 46.366,19) e o menor (Rio Grande do Norte, R$ 21.914,76) no Nordeste é de aproximadamente R$ 24.451,43, evidenciando políticas salariais heterogêneas. Estados menores, como Sergipe, surpreendem com salários elevados, enquanto estados maiores, como o Rio Grande do Norte, adotam vencimentos mais modestos.

  • Norte mais homogêneo, mas com destaque: Na região Norte, a variação é menor, com diferença de cerca de R$ 12.165,49 entre o maior (Acre) e o menor (Tocantins). O Acre se destaca negativamente pela alta remuneração em um contexto de investigações por corrupção, enquanto outros estados mantêm salários mais alinhados à média nacional.

  • Fatores regionais: A ausência de uma política salarial unificada entre os estados reflete autonomia federativa, mas também desigualdades econômicas e prioridades locais. Estados com maior arrecadação, como Pernambuco e Bahia, tendem a oferecer salários mais altos, enquanto estados com economias menores, como Rio Grande do Norte e Tocantins, pagam menos.

  • Descontos e valores líquidos: Como os dados consideram salários brutos, os valores líquidos podem variar devido a descontos estaduais (como previdência e imposto de renda), o que não foi detalhado no levantamento.

Conclusão

Os governadores do Nordeste ocupam tanto o topo (Sergipe e Pernambuco) quanto a base (Rio Grande do Norte) do ranking salarial nacional, mostrando grande disparidade intrarregional. Já a região Norte tem no Acre um outlier com salário elevado, mas os demais estados apresentam vencimentos mais próximos da média. Esses contrastes refletem não apenas as condições econômicas de cada estado, mas também decisões políticas locais sobre a remuneração de seus chefes de Executivo.




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