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Joinville,10/05/2025

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A Origem do Dia das Mães: Uma História de Devoção e Transformação

De celebrações antigas a um feriado global, a data reflete tradições culturais, lutas pessoais e influências religiosas

Fonte: redação360
A Origem do Dia das Mães: Uma História de Devoção e Transformação theoi.com

O Dia das Mães, celebrado em muitos países no segundo domingo de maio, é mais do que uma data para presentear flores e cartões. Suas raízes mergulham em tradições milenares, evoluindo de rituais pagãos a um feriado moderno marcado por emoção, religiosidade e, inevitavelmente, comércio. No Brasil, a data ganha contornos especiais, unindo famílias em homenagens que misturam afeto e celebração. Mas como essa tradição começou? Vamos explorar sua fascinante história.



Das Deusas Antigas ao Cristianismo

A ideia de homenagear a maternidade remonta à Antiguidade. Na Grécia Antiga, por volta do século V a.C., festivais dedicados a Reia, a deusa-mãe dos deuses olímpicos, celebravam a fertilidade e a criação. No Império Romano, a deusa Cibele, chamada "Magna Mater", era reverenciada no festival Hilaria, com procissões e oferendas em março. Esses cultos pagãos estabeleceram a base para a valorização da figura materna.

Com a chegada do cristianismo, muitas tradições foram absorvidas. Na Idade Média inglesa, o Mothering Sunday, no quarto domingo da Quaresma, começou como um dia religioso para visitar a "igreja-mãe" da região. Com o tempo, transformou-se numa ocasião para os filhos presentearem suas mães com flores e bolos, como o tradicional "mothering cake". Esse costume lançou as sementes para celebrações modernas.


Anna Jarvis e a Criação do Dia das Mães Moderno

A versão contemporânea do Dia das Mães nasceu nos Estados Unidos, impulsionada pela americana Anna Jarvis. Em 1905, após a morte de sua mãe, Ann Reeves Jarvis — uma ativista que organizava grupos de mulheres durante a Guerra Civil Americana —, Anna decidiu criar um dia para honrar todas as mães. Em 10 de maio de 1908, ela realizou a primeira celebração oficial em Grafton, Virgínia Ocidental, distribuindo cravos brancos, a flor preferida de sua mãe e hoje um símbolo da data.

A campanha de Anna ganhou força rapidamente. Com cartas a políticos, igrejas e jornais, ela conseguiu que a Virgínia Ocidental adotasse a data em 1910. Em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio como o Dia das Mães nos EUA, transformando-o num feriado nacional. O gesto pretendia reconhecer o papel vital das mães na sociedade.


A Luta Contra a Comercialização

O que começou como uma homenagem sincera logo se transformou num fenômeno comercial. Na década de 1920, floriculturas, fabricantes de cartões e lojas de presentes capitalizaram a data, para desgosto de Anna Jarvis. Contrariada com a exploração comercial, ela passou a vida lutando contra essa tendência, organizando boicotes e protestos. Anna, que nunca teve filhos, morreu em 1948, frustrada com a transformação de sua criação num evento movido a lucro.


A Chegada ao Brasil

No Brasil, o Dia das Mães foi oficializado em 1932, por decreto do presidente Getúlio Vargas, fixado no segundo domingo de maio, em sintonia com a tradição americana. A data também reflete a influência da Igreja Católica, que associa maio ao "mês de Maria", a Virgem Mãe. Organizações como a Associação Cristã de Moços (ACM) ajudaram a popularizar a celebração, que hoje é uma das mais importantes para o comércio brasileiro, com aumento nas vendas de flores, presentes e jantares familiares.


Uma Celebração Global com Sabores Locais

Embora o segundo domingo de maio seja predominante em países como Brasil, EUA, Austrália e Japão, o Dia das Mães varia pelo mundo. No Reino Unido, o Mothering Sunday persiste na Quaresma. No México e em partes da América Latina, a data é fixa em 10 de maio, com forte cunho católico. Na Tailândia, celebra-se em 12 de agosto, aniversário da rainha-mãe. Cada cultura adapta a homenagem, mas o cerne permanece: reconhecer o papel das mães.


Um Legado de Amor e Reflexão

Hoje, o Dia das Mães é uma celebração global, mas também um momento para refletir. Além de flores e presentes, a data levanta questões sobre as expectativas impostas às mulheres e o equilíbrio entre emoção e consumismo. Como Anna Jarvis sonhava, o verdadeiro espírito do Dia das Mães está nos gestos simples de gratidão e amor. Neste domingo, enquanto famílias se reúnem, a história dessa data nos lembra que homenagear as mães é, acima de tudo, celebrar a vida.




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