O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em entrevista ao podcast Inteligência Limitada nesta segunda-feira, 21 de julho de 2025, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de suas contas bancárias. A medida, segundo o parlamentar, que está nos Estados Unidos, seria uma tentativa de silenciar suas denúncias contra o magistrado. A ordem judicial, que permanece sob sigilo, foi antecipada pelo portal Metrópoles e confirmada por Eduardo durante a conversa.

"Ele acabou de bloquear as minhas contas bancárias", declarou o deputado, destacando que também foi proibido de manter contato com seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo usou suas redes sociais para compartilhar uma notícia sobre o bloqueio, percebido ao tentar realizar transações via Pix. Em postagem no X, ele classificou a decisão como "arbitrária e criminosa", acusando Moraes de agir como um "ditador" que tenta impedi-lo de denunciar supostas violações de direitos fundamentais à comunidade internacional.

O deputado, que está licenciado do cargo e reside temporariamente nos EUA, é investigado por articular sanções contra autoridades brasileiras, incluindo Moraes, no exterior. Ele afirmou que a medida não o surpreende e reforçou seu compromisso de continuar a luta. "Isso não afetará em nada a minha batalha e nem me fará abandonar o compromisso que assumi com todos os brasileiros quando fui eleito: o de defender com a minha própria vida, se for preciso, a liberdade dos brasileiros. Só irei descansar quando Alexandre de Moraes for punido", declarou no podcast.

Eduardo também criticou outras decisões do ministro, como a proibição de divulgar entrevistas de Jair Bolsonaro nas redes sociais, imposta no mesmo dia. A medida, segundo Moraes, visa evitar que o ex-presidente burle restrições judiciais, sob pena de prisão. O parlamentar alega que suas ações nos EUA buscam sanções específicas contra Moraes, e não contra o Brasil como um todo, e negou apoiar as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump a produtos brasileiros.

A investigação contra Eduardo Bolsonaro ganhou força após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar possíveis crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. A PGR solicitou medidas cautelares contra o deputado, que intensificou suas críticas ao STF após a imposição de restrições a Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

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